Acusado de chacina que matou nove é preso em Ibiúna
Um dos acusados de participação na chacina que deixou nove trabalhadores rurais mortos, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá-MS, foi preso no último sábado (12), durante uma blitz da Polícia Militar Rodoviária, em Ibiúna. O crime ocorreu em 2017. Ronaldo Dalmoneck, conhecido como “Sula”, foi detido na Rod. Bunjiro Nakao (SP-250). Ele é um dos quatro acusados de participação na chacina.
O rapaz dirigia um carro, que foi parado pela polícia rodoviária em uma blitz de rotina. Como ficou muito nervoso, os policiais puxaram a ficha dele no sistema e encontraram o mandado de prisão. Sula foi levado para a Delegacia de Polícia de Ibiúna, onde foi registrado Boletim de Ocorrência de Captura de Procurado. Em seguida, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Sorocaba. Ele deve ser levado para Mato Grosso, mas a data não foi divulgada.
O crime
Os nove trabalhadores rurais foram mortos em abril de 2017, no Distrito de Taquaruçu do Norte, em Colniza. O madeireiro Valdelir João de Souza, de 41 anos, é acusado de ter contratado outros quatro homens para matar trabalhadores na zona rural. Ele também está foragido.
Dos cinco denunciados pelo Ministério Público Estadual, apenas dois estão presos. De acordo com a polícia, a chacina foi motivada por disputa de extração de madeira e o uso de recursos naturais da região.
Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (mediante pagamento, tortura e emboscada).
Consta na denúncia do MPE que, no dia da chacina, Ronaldo, junto com outros três acusados, a mando de Valdelir, teriam seguido até a Linha 15 – onde ocorreu a chacina – e, com o uso de armas de fogo e arma branca, executaram Francisco Chaves da Silva, 56, Edson Alves Antunes, 32, Izaul Brito dos Santos, 50, Aldo Aparecido Carlini, 50, Sebastião Ferreira de Souza, 57, Fábio Rodrigues dos Santos, 37, Samuel Antonio da Cunha, 23, Ezequias Santos de Oliveira, 26, e Valmir Rangel do Nascimento, de 55 anos.
Com a morte das vítimas, a intenção do mandante era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las. No dia do atentado, os denunciados foram reconhecidos pelas testemunhas, conforme o MP.
Segundo a polícia, o grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9km ao longo da Linha 15, assassinando, com requintes de crueldade, aqueles que encontraram pelo caminho, sem dar chance de fuga ou defesa. (Informações Portal G-1/TV Centro América)
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