Acusado de estuprar taxista ibiunense consegue provar sua inocência

Um homem acusado de estuprar uma taxista ibiunense em junho de 2016 foi absolvido pela justiça em sentença proferida nesta quinta-feira (11), pela Vara Criminal de Cotia. Após ficar quase 3 anos preso, Charles Pires de Moraes, de 31 anos, conseguiu provar através de um exame de DNA, que o sêmen colhido nas partes íntimas da vítima não era dele. De acordo com o advogado do suspeito, Mauro Atui Neto, este foi um caso de grande repercussão nacional e que se provou a importância da defesa para se fazer justiça. “Apesar de a vítima insistir por duas vezes no reconhecimento do acusado, uma prova material incontestável mostrou o contrário. Creio que a taxista acabou se confundindo. Acredito ser um caso marcante na minha carreira, ao qual fico muito satisfeito pelo fato de através dos nossos esforços tenha sido feito justiça”, declarou Netinho.
Na época, Charles, que estava cumprindo pena de 19 anos de prisão por ser apontado como autor de um outro assalto e estupro em 2013, teria sido beneficiado pela “Saidinha do Dia das Mães”. No mesmo período, uma taxista foi roubada e estuprada quando fazia uma corrida da Rodoviária Municipal, até a Água Espraiada, divisa entre Cotia e Ibiúna. Segundo a vítima, um homem armado com uma faca, a teria obrigado a entrar no porta-malas do carro. O criminoso a levou em um casebre, onde a estuprou sob forte ameaça e violência. Ela foi socorrida pela Guarda Civil Municipal e levada para o Pronto Socorro de Ibiúna.

A partir de então, a Polícia Civil iniciou uma investigação. Os policiais tiveram conhecimento que Charles, que já havia sido condenado por assalto seguido de estupro, estava na região no mesmo dia em que ocorreu o crime com a taxista. Através de uma foto, a vítima reconheceu o rapaz como sendo o mesmo que a assaltou e estuprou. Foi então que ele foi indiciado pelo ocorrido. Na audiência, a mulher novamente reconheceu sem sombra de dúvidas, ter sido Charles o autor do crime.

Reviravolta
Entretanto, desde o início do caso, Charles sempre negou a autoria do crime. Foi então que o Dr. Neto teve a ideia de fazer o exame de DNA. “Quando sugeri isso ao cliente, ele na hora se prontificou disponibilizar o sêmen, pois sabia da sua inocência. Como o verdadeiro autor do estupro não usou preservativo, foi comprovado que o material genético encontrado na vítima não era do meu cliente”, enfatizou o advogado.
Durante uma outra “saidinha”, Charles chegou a procurar a vítima no ponto onde a mesma trabalhava para tentar convencer a mesma que ele não era o autor do crime. “Ele tentou de todas as maneiras provar a sua inocência, que foi possível graças ao exame de DNA. Daí a importância de um réu ter o direito à ampla defesa”, concluiu Dr. Neto. (Veja abaixo parte da sentença)

Graças a um exame de DNA, Charles conseguiu provar que não foi o autor do estupro a taxista
Parte da sentença proferida pelo juiz
Parte da sentença proferida pelo juiz

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